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Hoje começa a novena ao Espírito Santo

No dia 19 de maio, a Igreja celebra o Espírito Santo e, por isso, durante nove dias, os fiéis se preparam para Pentecostes, a grande Solenidade em honra à Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.

A seguir, uma novena ao Espírito Santo:

Rezemos juntos a oração do Espírito Santo.

Orações iniciais para todos os dias

Deus meu, Deus de amor e de verdade. Senhor Jesus, Autor da santificação de nossas almas, eu, prostrado humildemente ante Vossa soberana Majestade, detesto, na amargura do meu coração, todos os meus pecados cometidos em ofensa a Vós, que é digno de ser amado sobre todas as coisas.

Oh, Bondade infinita, que jamais eu vos tivera ofendido!

Perdoai-me, Senhor, Deus de graça e de misericórdia, perdoai minhas contínuas infidelidades. Perdoai-me, ó Deus, por não ter tido valor para executar coisa boa alguma, depois de, tantas vezes, Vossa misericórdia e graça ter solicitado a mim, repreendido-me e inspirado-me amorosamente.

Pesa sobre mim o arrependimento da ingrata correspondência e indigna cegueira com que tenho resistido incessantemente a Vossos doces e divinos chamados. Mas proponho, firmemente, com Vosso auxílio, não ser rebelde a Vós e seguir, daqui em adiante, Vossas ternas inspirações com suma docilidade. Para este fim, iluminai-me!

Oh, Fonte de luz, fortalecei minha vontade, purificai meu coração, arrancai todos os meus pensamentos, desejos e afetos, e concedei-me ser digno de obter os frutos bem-aventurados que Vossos dons produzem nas almas que os possuem.

Concedei-me as graças que Vos peço, nesta novena, a fim de que, para maior glória Vossa, eu Vos veja, ame e adore sem fim. Amém.

Primeiro dia

Oh, Espírito Santo, Fonte Viva de divinas águas, que, na criação do mundo, santificastes as imensas águas que rodeavam o mundo e as águas do Jordão! No batismo de Jesus Cristo, Senhor nosso, eu Vos suplico que sejais, em meu Espírito, tão árido e seco, a Sagrada Fonte de água viva, que jamais se esgota e brota até a vida eterna.

A graça que Vos peço, nesta novena, é para maior glória Vossa e bem de minha alma. Amém!

Rezar 1 Pai-Nosso e 1 Ave-Maria em honra à Santíssima Trindade

Segundo dia

Oh, Espírito Santo, fazendo sombra, com Vossa virtude altíssima, à puríssima Virgem Maria e, ao mesmo tempo, a transbordando de graça, fizeste, de um modo inefável e Onipotente, a obra infinita da Encarnação do Verbo Eterno no seio virginal de Vossa celestial Esposa.

E a graça que Vos peço, nesta novena, é para maior glória Vossa e bem de minha alma. Amém!

Rezar 1 Pai-Nosso e 1 Ave-Maria em honra à Santíssima Trindade

Terceiro dia

Oh, Espírito Santo, Celestial Pomba que, abrindo de par em par os céus, descestes sobre Jesus já batizado, no Jordão, simbolizando que, desde esse momento em que tomou a natureza humana, habitava n’Ele a plenitude da divindade.

Vinde sobre a mim, Espírito de Deus, que sou pobre e miserável, e enchei-me do dom de sabedoria, de conselho, entendimento e fortaleza, do dom de ciência, piedade e de temor a Deus. E que a graça que Vos peço, nesta novena, seja para maior glória Vossa e bem de minha alma. Amém.

Rezar 1 Pai-Nosso e 1 Ave-Maria em honra à Santíssima Trindade

Quarto dia

E a graça que Vos peço, nesta novena, seja para maior glória Vossa e bem de minha alma. Amém.

Rezar 1 Pai-Nosso e 1 Ave-Maria em honra à Santíssima Trindade

Quinto dia

Oh, Espírito Santo, Suave Vento que teve o Cenáculo e deu força e valor aos corações de quantos Vos esperavam, orando fervorosamente unidos com alma e coração! Oh, Espírito de vida e amor, enchei de graça toda a casa de meu pequeno espírito, minha memória, entendimento e vontade.

E a graça que Vos peço, nesta novena, seja para maior glória Vossa e bem de minha alma. Amém.

Rezar 1 Pai-Nosso e 1 Ave-Maria em honra à Santíssima Trindade

 Sexto dia

Oh, Espírito Santo, Luz claríssima que ilustrou o entendimento dos santos apóstolos, comunicando-lhes, como Sol divino, toda a luz que necessitavam para sua perfeição e para a conversão do mundo! Oh, Luz beatíssima, iluminai todos os lugares tenebrosos de meu interior para que Vos conheça e dê a conhecer a todo o mundo.

E a graça que Vos peço, nesta novena, seja para maior glória Vossa e bem de minha alma. Amém.

Rezar 1 Pai-Nosso e 1 Ave-Maria em honra à Santíssima Trindade

Sétimo dia

Oh, Espírito Santo, Sagrado Fogo, que aparecendo visível aos apóstolos, no dia de Pentecostes, inflamastes divinamente o coração deles para que, abrasados em Vosso amor, incendiassem todo o mundo nas mesmas sagradas chamas. Acendei, em Vosso Santíssimo ardor, meu coração gelado, para que, abrasado meu espírito neles, acenda em Vosso divino amor a quantos pessoas eu conheça.

E a graça que Vos peço, nesta novena, seja para maior glória Vossa e bem de minha alma. Amém.

Rezar 1 Pai-Nosso e 1 Ave-Maria em honra à Santíssima Trindade

Oitavo dia

Oh, Espírito Santo, caridade essencial, que difundiu Vossos divinos dons nos corações humanos, comunicando-lhes todas as divinas graças, que se incluem em nossos sete dons, e compreendem tudo o quanto necessita a vida espiritual, própria de cada um, e a qual desejais que se comunique a todos os homens:

Oh, Caridade Santíssima, infundi em meu coração tão pobre de Vossos sete dons e com eles publique Vossas grandezas.

Oh, Deus misericordioso, Vós que, antigamente, enchestes, neste dia, os peitos apostólicos de vossa graça, dai-nos Vossos divinos carismas, concedei-nos tempos tranquilos, confirmai as graças que Vos temos pedido nesta novena.

E a graça que Vos peço, nesta novena, seja para maior glória vossa e bem de minha alma. Amém.

Nono dia

Hoje, completaram-se os dias de Pentecostes. Aleluia! Hoje, reproduzem-se as felizes alegrias quando o Espírito Consolador baixou sobre Seus apóstolos. Aleluia!

Raiou, hoje, o resplendor do divino fogo, repousou o Espírito Santo em forma de línguas sobre eles. Aleluia! Hoje, concedeu-lhes palavras edificadoras, inflamou-os com Seu amor e os encheu de Seus inumeráveis carismas. Aleluia! Aleluia! Foram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em várias línguas. Aleluia!

Oh, Deus, que haveis instruído, neste dia, o coração dos fiéis com a ilustração do Espírito Santo, dai-me a graça de sentir retamente, com este mesmo Espírito, e aproveitar sempre de Sua consolação.

Por Jesus Cristo Senhor Nosso, Seu Filho, que vive contigo e reina na unidade do mesmo Espírito Santo, amém.

Oração final

Vem, oh, Criador Espírito!

Nossas almas visitai, nosso peito, que Vós criastes, enchei de graça celestial, pois sois Paráclito Espírito, dom do Pai celestial, fonte viva, sacrofogo, unção santa.

Em Seus dons setiformes, tal promessa paternal, dedo eterno de Deus Pai, nossas línguas inflamai. Ilustrai nossos sentidos, o coração inflamai, nossos corpos, que são fracos, com vossa virtude armai.

Apartai os inimigos, dai-nos a divina paz e sendo Vos nosso guia livrai-nos de toda maldade.

Por Vos ao Pai e ao Filho, nesta vida mortal convocamos, e cremos sempre em tua Divindade.

A Deus Pai seja glória, ao filho glória imortal e ao Espírito Paráclito por toda a eternidade. Amém.

Oração ao Espírito Santo

Diviníssimo consolador de minha alma, fogo, luz e celestial ardor dos corações humanos, se é para glória de vossa Majestade que eu consiga o que eu desejo e peço neste dia, digna-Vos conceder-me benignamente;

E senão dirigi meu pedido, dando-me as graças que tem de ser para vossa maior glória e bem da salvação de minha alma. Amém.

(Cada um se recolherá interiormente e pedirá a graça que mais necessite. Será concluido todos os dias com a antífona, verso, resposta e oração seguintes)

Antífona

Vos desejarei, aleluia;

Voe e venho a nós, aleluia;

E se alegrará nosso coração, aleluia, aleluia.

Enviai, Senhor, vosso Santo Espírito, e serão criados.

E renovareis a face da terra.

Oh! Deus que haveis instruído os corações dos fiéis com a ilustração do Espírito Santo; dai-nos o sentir retamente com este mesmo Espírito, e aproveitar sempre de sua consolação.

ACI Digital

Papa proclama o Jubileu: “Que a esperança preencha os nossos dias!”

Na Solenidade da Ascensão, celebrada no Vaticano, o Santo Padre reforçou a importância da virtude da esperança na vida dos cristãos

Papa Francisco participa da leitura da Bula da proclamação do Ano Santo / Foto: Vatican MediaIPA/Sipa USA via Reuters

O Papa Francisco presidiu na tarde desta quinta-feira, 9, na Basílica de São Pedro, a celebração das Segundas Vésperas na Solenidade da Ascensão do Senhor. Em muitos países, esta festividade litúrgica é transferida para domingo sucessivo, a fim de contemplar a maior participação dos fiéis.

Pouco antes, no átrio da Basílica, em frente à Porta Santa que, como anunciado também nesta tarde, será aberta em 24 de dezembro de 2024 para dar início ao Jubileu de 2025, o Papa entregou a Bula de proclamação do Ano Santo aos representantes da Igreja nos cinco continentes. Alguns trechos da Bula foram lidos por monsenhor Leonardo Sapienza, regente da Prefeitura da Casa Pontifícia e decano do Colégio dos protonotários apostólicos.

O cumprimento da missão de Jesus

Francisco, em sua homilia recordou que “a Ascensão do Senhor não é afastar-se, separar-se, distanciar-se de nós, mas o cumprimento da sua missão: Jesus desceu até nós para nos fazer subir ao Pai; desceu até ao fundo para nos levar ao alto; desceu às profundezas da terra, para que o Céu pudesse abrir-se de par em par sobre nós. Destruiu a nossa morte para podermos receber a vida, para sempre”.

“Irmãos e irmãs, é esta esperança radicada em Cristo morto e ressuscitado que queremos celebrar, acolher e anunciar ao mundo inteiro no próximo Jubileu, que já está à porta.”

Segundo o Papa, esse ato não se trata de mero otimismo humano ou de uma expectativa efêmera ligada a qualquer segurança terrena:”É uma realidade já atuada em Jesus e que diariamente nos é dada também a nós até chegarmos a ser um só no abraço do seu amor”.

Nos tornarmos “cantores de esperança”

O Papa sublinhou que a virtude da esperança sustenta o caminho da nossa vida, “mesmo quando este se apresenta tortuoso e cansativo; abre diante de nós sendas de futuro, quando a resignação e o pessimismo querem manter-nos prisioneiros; faz-nos ver o bem possível, quando parece prevalecer o mal; infunde-nos serenidade, quando o coração está oprimido pelo fracasso e o pecado; faz-nos sonhar com uma humanidade nova e torna-nos corajosos na construção dum mundo fraterno e pacífico, quando parece inútil empenharmo-nos”.

“Meus amigos, enquanto nos preparamos para o Jubileu com o Ano da Oração, elevemos o coração para Cristo, a fim de nos tornarmos cantores de esperança num mundo marcado por demasiadas situações desesperadas.”

Despertar na humanidade alegria e coragem

“É de esperança que precisamos”, sublinhou Francisco, dela necessita a sociedade em que vivemos, muitas vezes imersa apenas no presente e incapaz de olhar para o futuro; dela necessita a nossa época, que por vezes se arrasta cansadamente no cinzento do individualismo e do “ir sobrevivendo”; dela necessita a criação, gravemente ferida e desfigurada pelos egoísmos humanos; dela necessitam os povos e as nações, que olham cheios de inquietação e medo para o amanhã, enquanto as injustiças campam com arrogância, os pobres são descartados, as guerras semeiam morte, os últimos continuam no fundo da lista e o sonho dum mundo fraterno corre o risco de parecer uma miragem.

“De esperança necessitam os jovens, muitas vezes desorientados, mas desejosos de viver em plenitude; dela necessitam os idosos, que a cultura da eficiência e do descarte já não sabe respeitar nem ouvir; dela necessitam os doentes e todos aqueles que estão feridos no corpo e no espírito, que podem receber alívio através da nossa solidariedade e cuidado”.

A proximidade de Deus

De esperança precisa a Igreja, destacou o Papa, “para que, mesmo quando experimenta o peso do cansaço e da fragilidade, nunca se esqueça de que é a Esposa de Cristo, amada com amor eterno e fiel, chamada a conservar a luz do Evangelho, enviada para transmitir a todos o fogo que Jesus trouxe e acendeu, de uma vez para sempre, no mundo”.

“Cada um de nós precisa de esperança: as nossas vidas, às vezes cansadas e feridas, os nossos corações sedentos de verdade, bondade e beleza, os nossos sonhos que nenhuma escuridão pode extinguir. Tudo, dentro e fora de nós, invoca esperança e vai procurando, mesmo sem o saber, a proximidade a Deus.”

“Irmãos e irmãs, que o Senhor ressuscitado e elevado ao Céu nos dê a graça de redescobrir a esperança, de anunciar a esperança, de construir a esperança”, concluiu o Pontífice.

Canção Nova

Francisco: filhos que nascem, esperança em um mundo egoísta

Francisco participou, na manhã desta sexta-feira (10/05), da 4ª edição dos Estados Gerais da Natalidade e contestou teorias que consideram o nascimento de crianças como um fator de desequilíbrio. O Pontífice destacou que a vida é um presente, não um problema, criticando o materialismo e o consumismo desenfreado, e fez um apelo aos governos por um maior compromisso em proteger a vida.

Papa Francisco participa da 4ª edição dos Estados Gerais da Natalidade

O Papa Francisco participou, na manhã desta sexta-feira (10/05), no Auditório da Conciliação, em Roma, da 4ª edição dos Estados Gerais da Natalidade, um evento promovido pelo Fórum das Associações Familiares e que visa sensibilizar o público sobre os problemas ligados ao declínio da natalidade e às relativas desejáveis ​soluções.

“Estou feliz por estar com vocês novamente porque, como sabem, o tema da natalidade está muito próximo do meu coração”, introduziu o Pontífice em seu discurso, ressaltando que “os filhos são dons que recebemos, e isso nos faz lembrar que Deus tem fé na humanidade”. E ao refletir sobre o lema do evento: “Estar presente, mais juventude, mais futuro”, Francisco enfatizou a importância de trabalhar juntos para promover a taxa de natalidade com “realismo, clarividência e coragem”, três palavras-chave que ele refletiu com os participantes.

A vida é uma dádiva de Deus

Segundo o Papa, a palavra realismo, nos recorda que, no passado alguns estudos e teorias alertavam sobre o número de habitantes da Terra, pois o nascimento de muitas crianças criaria desequilíbrios econômicos, falta de recursos e poluição:

“Sempre me chamou a atenção o fato de que essas teses, já ultrapassadas, falavam dos seres humanos como se fossem problemas. Mas a vida humana não é um problema, é uma dádiva. E na raiz da poluição e da fome no mundo não estão as crianças que nascem, mas as escolhas daqueles que só pensam em si mesmos, o delírio de um materialismo desenfreado, cego e desmedido, de um consumismo que, como um vírus maligno, mina a existência das pessoas e da sociedade pela raiz.”

Egoísmo e consumismo

Ao denunciar o egoísmo presente no coração de tantas pessoas, o Papa sublinhou que “o problema não é quantos de nós há no mundo, mas que tipo de mundo estamos construindo; não são as crianças, mas o egoísmo, que cria injustiças e estruturas de pecado, a ponto de tecer interdependências doentias entre sistemas sociais, econômicos e políticos”. Os lares, observou Francisco, “estão cheios de objetos e vazios de crianças, tornando-se lugares muito tristes. Não faltam cachorrinhos, gatos…O que está faltando são crianças”, e completou:

“O problema do nosso mundo não é o nascimento de crianças: é o egoísmo, o consumismo e o individualismo, que tornam as pessoas fartas, solitárias e infelizes.”

Sem crianças, não há futuro

O número de nascimentos é o primeiro indicador da esperança de um povo, “sem crianças e jovens, um país perde seu desejo de futuro”, afirmou o Santo Padre, que falou diretamente sobre a realidade da Itália, onde a idade média é atualmente de 47 anos. Os registros negativos estão aumentando e a Europa está se tornando progressivamente “um continente cansado e resignado, tão ocupado em exorcizar a solidão e a angústia que não sabe mais como saborear a verdadeira beleza da vida”.

Promover a cultura da generosidade

Francisco também exortou sobre a urgente necessidade de políticas eficazes e voltadas para o futuro, “semeando hoje para que as crianças possam colher amanhã”. Há necessidade de “clarividência”, reforçou o Papa ao abordar a segunda palavra-chave, “de um compromisso maior por parte de todos os governos, para ajudar as famílias, as mães e muitos casais jovens a se livrarem do fardo da insegurança no trabalho e da impossibilidade de comprar uma casa. É preciso promover uma cultura da generosidade e da solidariedade entre as gerações, rever hábitos e estilos de vida, renunciando ao supérfluo para dar aos mais jovens uma esperança para o amanhã”.

E dirigindo-se aos jovens, o Santo Padre destacou a terceira palavra, “coragem”, e acrescentou:

“Sei que para muitos de vocês o futuro pode parecer inquietante e que, entre a desnatalidade, as guerras, as pandemias e as mudanças climáticas, não é fácil manter viva a esperança. Mas não desistam, tenham fé, porque o amanhã não é algo inevitável: nós o construímos juntos e, nesse “juntos”, encontramos primeiramente o Senhor. Não nos resignemos a um roteiro escrito por outros, mas rememos para mudar de rumo, mesmo ao custo de ir contra a maré!”

Jovens e idosos juntos

Antes de concluir, de forma espontânea, Francisco destacou “outra parte muito importante” na construção do futuro: os avós. “Hoje existe uma cultura de esconder os avós, mandá-los para a casa de repouso. Agora mudou um pouco devido à aposentadoria, mas a tendência é a mesma: descartar os avós”.

E ao se lembrar dos tempos em Buenos Aires, quando, ao visitar lares de idosos, muitas enfermeiras lhe diziam que os idosos que estavam hospitalizados ali não tinham parentes que fossem visitá-los, o Papa enfatizou:

“Avós sozinhos… Avós descartados… Isso é suicídio cultural. O futuro é feito pelos jovens e pelos idosos, juntos; coragem e memória, juntos”.

Escolhas eficazes em favor da família

Por fim, o convite do Santo Padre para “mudar a rota”, a fim de que as novas gerações tenham condições de realizar seus sonhos legítimos. Neste momento, alertou o Pontífice, os investimentos que dão mais renda são as fábricas de armas e os contraceptivos. Um destrói a vida; o outro impede a vida”, e continuou:

“É uma questão de implementar escolhas sérias e eficazes em favor da família, colocar uma mãe na condição de não ter que escolher entre o trabalho e o cuidado dos filhos”, concluiu o Papa.

Vatican News – Thulio Fonseca 

Causa de canonização de evangelista leigo tetraplégico italiano avança

Servo de Deus Nino Baglieri ?? A fase diocesana da causa de beatificação do servo de Deus Nino Baglieri foi encerrada em Módica, cidade do sul da Sicília, na Itália. Depois de ficar tetraplégico, Baglieri dedicou-se à missão de evangelizar através dos meios de que dispunha.

Segundo a Agência Salesiana de Notícias (ANS, na sigla em italiano), o encerramento da fase diocesana ocorreu no último domingo (5) na igreja matriz de São Pedro, onde o bispo de Noto, dom Salvatore Rumeo, celebrou uma missa. Na homilia, o bispo disse que Baglieri recebeu o batismo em 5 de maio de 1951, “tornando-se cristão”.

“A oração para Nino era tudo: apesar do sofrimento, como uma luz que brilha e arde, ele conseguiu contagiar os outros com o sentido da verdadeira oração”, destacou dom Rumeo sobre o servo de Deus.

A fase diocesana foi concluída com a selagem de oito pacotes contendo todas as informações e testemunhos compilados sobre a vida e obra de Baglieri. Também estiveram presentes o reitor-mor emérito da Congregação Salesiana, o padre Pascual Chávez, e o postulador geral salesiano, o padre Pierluigi Cameroni.

Toda a documentação vai agora para análise no dicastério para as Causas dos Santos da Santa Sé.

Quem foi Nino Baglieri?

Segundo os salesianos, Baglieri nasceu em Módica em 1951. Trabalhou como pedreiro quando jovem até que em 6 de maio de 1968, festa de são Domingos Sávio, aos 17 anos caiu de um andaime e ficou completamente paralisado. Ele então passou muitos anos sombrios, cheio de amargura, apenas conseguindo mover a cabeça.

Segundo o Boletim Salesiano Dom Bosco na América Central, foi sugerido à sua mãe que sacrificasse o filho com “uma simples injeção” para acabar com o sofrimento dele, mas ela respondeu: “Enquanto eu viver, cuidarei dele”.

Na Sexta-Feira Santa de 1978, alguns membros de um grupo chamado Renovação no Espírito foram à sua casa para rezar por ele.

“Uma nova força entrou em mim e algo antigo saiu. Aceitei a minha cruz e disse sim ao Senhor”, disse ele ao sentir um calor inundar seu corpo, sabendo que não haveria cura física, mas sim espiritual. Baglieri iniciou então um processo de conversão, ao aceitar sua cruz e ler a Bíblia.

Ele aprendeu a escrever com a boca e começou a escrever suas memórias e também cartas que enviou a pessoas de diversas partes do mundo.

Nino juntou-se aos cooperadores salesianos, mas depois decidiu fazer parte dos Voluntários com Dom Bosco, leigos consagrados que professam votos de obediência, pobreza e castidade, vivendo a sua missão salesiana nas suas casas, no trabalho e nas coisas cotidianas deste mundo.

Baglieri caracterizou-se por proclamar com o seu testemunho de vida a alegria e a esperança no Senhor. Depois de muito sofrimento, que suportou com um sorriso, morreu em 2 de março de 2007.

Conforme seu desejo, Baglieri foi enterrado usando tênis porque, como ele disse: “Na minha última viagem a Deus poderei correr até ele”.

ACI Digital

Rio Grande do Sul: a solidariedade concreta do Papa Francisco

Segundo as informações oficiais, pelo menos 107 pessoas morreram em consequência das enchentes no sul do Brasil

Segundo as informações oficiais, pelo menos 107 pessoas morreram em consequência das enchentes no sul do Brasil (ANSA)

O arcebispo de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Jaime Spengler, confirmou o gesto concreto de ajuda do Papa aos gaúchos. Através da Esmolaria Apostólica, Francisco enviou à Nunciatura do Brasil um valor em torno de 100 mil euros, equivalente a mais de 500 mil reais.

“Fomos informados através da Nunciatura Apostólica de que o Santo Padre destinou um valor substancial, através da Esmolaria Apostólica, para auxílio dos desabrigados. Este valor foi em torno de 100 mil euros e será repassado para o Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, o regional que abrange todo o Rio Grande do Sul, para ajudar no que for possível.” Essas são as palavras de dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na manhã desta quinta-feira, 09 de maio, ao Vatican News.

A preocupação do Papa Francisco

Ao final do Regina Caeli do último domingo (05/05), o Pontífice já havia manifestado sua solidariedade aos afetados pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul:

“Quero assegurar a minha oração pelas populações do Estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, atingidas por grandes inundações. Que o Senhor acolha os mortos e conforte os familiares e quem teve que abandonar suas casas.”

Proximidade que se transformou em uma ajuda concreta, conforme confirmado por dom Jaime Spengler. O valor doado pelo Papa Francisco, na moeda local do Brasil, ultrapassa os 500 mil reais, recurso que será gerido pelo Regional da CNBB Sul 3 e que será de grande ajuda ao povo gaúcho.

Os últimos dados

Em todo o estado, 425 municípios foram atingidos, com 107 mortes confirmadas até a manhã desta quinta-feira (09/05), além de 136 desaparecidos, 374 feridos, 164.583 desalojados e 67.542 pessoas em abrigos, 1.476.170 de atingidos. Esses números, que estão em constante atualização, refletem as inundações sem precedentes que atingiram o Rio Grande do Sul, em meio a novos episódios de chuvas intensas e previsões de ventos fortes, juntamente com a chegada do frio. O Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre, inundado pelas águas, permanece fechado até o dia 30 de maio.

O trabalho extraordinário de tantos voluntários

Dom Jaime relata que em Porto Alegre, capital do estado, “o nível das águas quase não baixou, e nas áreas baixas da cidade, as inundações continuam a subir”. No entanto, a solidariedade das pessoas tem sido de grande ajuda:

“Visitei vários locais onde os desabrigados estão sendo acolhidos, e é verdadeiramente um trabalho extraordinário realizado por tantos voluntários, juntamente com as nossas comunidades. É um trabalho muito bonito.”

O arcebispo descreve também que “na parte sul do estado, na região de Pelotas e Rio Grande, quase na fronteira com o Uruguai, estão enfrentando as consequências das águas que estão chegando àquela região”. Lá, eles tiveram tempo para se preparar para isso, completa o presidente da CNBB, “então, de alguma forma pode-se dizer que eles estão numa situação um pouco melhor, mas choveu muito naquela região, e isso certamente contribuirá para o sofrimento ainda maior daquela população”.

Vatican News

Conheça a história da Virgem de Luján da qual Francisco é devoto

A devoção mariana do Papa Francisco tem, obviamente, origem na Argentina, com Aquela que é padroeira deste país, Nossa Senhora de LujánNeste 8 de maio, os argentinos celebram a festa litúrgica de sua padroeira. 

O Santuário a ela dedicado fica na cidade de mesmo nome, Luján, localizada a pouco mais de 80 quilômetros da capital Buenos Aires. Lá na Argentina, essa igreja é o Santuário Nacional do país. Nossa Senhora de Luján é conhecida como a protetora dos motoristas e das estradas e também da Polícia Federal do país.

O então, bispo Bergoglio teve variadas e belas experiências de fé no Santuário de Nossa Senhora de Luján, em especial nas muitas horas que passava confessando durante as grandiosas peregrinações juvenis realizadas todos os anos: 

“Fui me envolvendo nas peregrinações, e aí eu descobri o que são os milagres de Nossa Senhora, as coisas que ela faz. É que Ela mexe com as consciências, é a Mãe que coloca as coisas em ordem”.

Conheça mais sobre a história dessa devoção

A história dessa devoção teve início durante o ano 1630, com o português Antonio Farias de Sá, fazendeiro de Sumampa, no território de Córdoba do Tucumán, que pediu a um amigo marinheiro que lhe enviasse do Brasil uma imagem de Maria, de Nossa Senhora da Conceição, pois queria venerá-la em uma capela que estava construindo.

:: Conheça a história de Nossa Senhora de Luján 

Logo depois do seu pedido, chegaram duas imagens: uma era conforme ele havia pedido e a outra era a Mãe de Deus com um menino nos braços. Ambas foram colocadas em duas gavetas e levadas à beira do Rio Luján, onde os carregadores pararam para passar a noite.

Na manhã do dia seguinte, no mês de maio, quando quiseram continuar viagem, os animais não se moviam. Tentaram continuar de várias maneiras, mas foi inútil. Então retiraram uma das imagens, mas a charrete continuava imóvel. Logo depois subiram uma imagem e desceram a outra, e assim a charrete seguiu normalmente com a viagem.

Ao ver que a imagem de Nossa Senhora da Conceição não saía deste lugar, a levaram à casa do senhor Rosendo, e sua família acolheu a Virgem Maria com alegria. Esta notícia ficou conhecida em toda região e começou a crescer a devoção a Nossa Senhora. Foi quando tiveram início alguns milagres.

Leia MaisO amor do Papa Francisco por Nossa SenhoraEm 1874, padre Jorge Salvaire projetou a construção do atual templo, que possui estilo gótico e ostenta duas torres de 106 m de altura.

Em 1887, a imagem foi coroada com as bênçãos do papa Leão XIII e sua festa foi estabelecida para o dia 8 de maio.

Atualmente, cerca de oito milhões de fiéis visitam o Santuário. Peregrinos a pé, grupos folclóricos de gaúchos a cavalo, a peregrinação dos jovens, que acontece em todo primeiro domingo de outubro, e tantas outras manifestações populares de fé testemunham o imenso carinho que o nutre o povo argentino por sua padroeira.

Acolhida aos romeiros 

Na Basílica de Luján, os romeiros contam com uma visita guiada que inclui conhecer o estilo arquitetônico e a história do Santuário, tanto em sua área externa como interna, o claustro, a cripta e o museu histórico.

As visitas ocorrem sempre com prévia reserva.

Há também uma visita de ônibus que dura 45 minutos e passa pelo rio Luján, pela casa do Papa, ruas do centro até chegar ao lugar onde ocorreu a coroação. O circuito termina no centro histórico religioso, na Basílica e na Plaza Belgrano.

Portal A12

Aborto nos EUA é mais liberado do que na grande maioria dos países, mostra estudo

Manifestantes pró-vida em Paris ?? A lei sobre aborto nos EUA é “muito mais permissiva do que a grande maioria dos países do mundo”, segundo estudo do instituto de pesquisa médica e científica pró-vida Charlotte Lozier Institute.

O estudo divulgado em 30 de abril revelou que dos quase 200 países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), os EUA são um dos apenas oito países sem lei nacional limitando o aborto. O estudo também revelou que os EUA são um dos únicos 15 países que permitem o aborto depois da 15ª semana de gravidez, período em que o bebê já pode sentir dor.

Isso ocorre num momento em que o governo Biden tem criticado as leis estaduais pró-vida que limitam o aborto como “extremas” e “bizarras”, ao mesmo tempo que pressiona por uma lei federal que permita o aborto irrestrito durante todos os nove meses de gravidez.

“Embora os ativistas pró-aborto menosprezem as leis de proteção dos batimentos cardíacos, como na Florida, eles fecham os olhos ao verdadeiro extremismo global no nosso próprio país”, disse a pesquisadora associada do Charlotte Lozier Institute, Mia Steupert, à CNA, agência em inglês do grupo EWTN, a que ACI Digital pertence.

Ela ressaltou que sete Estados e a capital do país, Washington, DC, permitem o aborto por qualquer motivo até o nono mês de gravidez.

“A lei do aborto nos EUA torna-o uma exceção global numa categoria compartilhada com violadores dos direitos humanos como a China e o Vietnã”, disse Steupert.

“Deveríamos ser um líder internacional no que diz respeito ao direito humano à vida, mas em vez disso somos um dos oito países das Nações Unidas que permite o aborto sob demanda, sem quaisquer limites gestacionais”, continuou ela.

O que o estudo descobriu?

Segundo o estudo, a “norma clara entre os países que permitem o aborto eletivo é limitar o aborto até antes da 20ª semana de gestação, e o aborto eletivo é mais comumente limitado à 12ª semana (o primeiro trimestre)”.

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A idade gestacional marca a duração da gravidez, medida a partir do primeiro dia da última menstruação da mãe, que ocorre cerca de duas semanas antes da concepção.

Segundo o estudo, apenas 70 países da ONU permitem o aborto “sob demanda”. Desses, apenas os EUA, a China, o Vietnã a Austrália, o Canadá, a Guiné-Bissau, o México e a Coreia do Sul não têm qualquer limite nacional ao aborto.

Os 139 países restantes da ONU protegem todos os bebês em todas as fases da gravidez e só permitem o aborto por razões específicas, que vão desde risco à vida da mãe até dificuldades socioeconômicas.

Charlotte Lozier Institute concluiu que um limite nacional de aborto de 15 semanas “afastaria os EUA do extremo ultra-permissivo do espectro”.

Priorizar uma cultura da vida

Ela disse que o relatório demonstra que, sem restrições federais ao aborto, os EUA “têm algumas das leis de aborto mais extremas do mundo”.

“Essa realidade deveria alarmar os americanos e motivá-los a proteger a vida e a reagir contra o lobby radical e pró-aborto que infestou a nossa cultura”, disse Steupert.

Vatican News

Papa: o mundo necessita de esperança! A morte jamais será vitoriosa

Dando prosseguimento ao ciclo de catequeses sobre vícios e virtudes, Francisco falou sobre a esperança, virtude que não emana de nós, mas é um dom que vem diretamente de Deus.

A esperança foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira (08/05), realizada na Praça São Pedro.

Esta virtude teologal é a resposta às perguntas sobre o sentido último do homem. Se o caminho da vida não tem sentido, se no início e no fim há nada, então nos perguntamos por que deveríamos caminhar: é aqui que surge o desespero do homem, o sentimento da inutilidade de tudo, explicou o Pontífice. Se faltar esperança, todas as outras virtudes correm o risco de desmoronar e acabar em cinzas.

Já o cristão tem esperança não por mérito próprio. Se ele acredita no futuro é porque Cristo morreu e ressuscitou e nos deu o seu Espírito. Neste sentido, se diz que a esperança é uma virtude teologal, pois não emana de nós, mas é um dom que vem diretamente de Deus.

“Se acreditamos na ressurreição de Cristo, então sabemos com certeza que nenhuma derrota e nenhuma morte duram para sempre.”

Todavia, a esperança é uma virtude contra a qual muitas vezes se peca, quando, por exemplo, se desanima diante dos próprios pecados, esquecendo que Deus é misericordioso e maior que o nosso coração. “Deus perdoa tudo e sempre, recordou Francisco”. “Peca-se contra a esperança quando o outono apaga a primavera dentro de nós.”

O mundo necessita de esperança

Para Francisco, o mundo de hoje tem grande necessidade desta virtude cristã: “O mundo necessita de esperança”. Tanto quanto precisa de paciência, virtude que caminha em estreito contato com a esperança. “Os homens pacientes são tecelões do bem”, afirmou. Desejam obstinadamente a paz e, mesmo que alguns tenham pressa e queiram tudo imediatamente, a paciência tem a capacidade da espera.

E ainda, a esperança é a virtude de quem tem o coração jovem; e a idade não importa aqui. Porque também há idosos com os olhos cheios de luz, que vivem uma tensão permanente em relação ao futuro. O Pontífice então concluiu:

“Irmãos e irmãs, vamos em frente e peçamos a graça de ter esperança, a esperança com a paciência. Sempre olhar para aquele encontro definitivo; sempre olhar para o Senhor, que sempre está próximo de nós. E que jamais, jamais a morte será vitoriosa. Vamos em frente e peçamos ao Senhor que nos dê esta grande virtude da esperança, acompanhada da paciência.”

Vatican News

Como entender a Mediação de Maria?

Há cristãos que não entendem a mediação da Virgem Maria, e até pensam que ela não existe ou que menospreza Jesus. Nada disso.

Grandes Santos Padres da Igreja, como Santo Afonso de Ligório, São Bernardo, e vários outros, ensinam que todas as graças que chegam a nós, vêm pelas mãos de Maria. Isto porque a maior de todas as Graças que o Pai nos deu foi Jesus, e Ele veio por Maria, que São Bernardo chamava de “aqueduto de Deus”. Vejamos então como a Igreja explica isso; especialmente pela palavra dos Papas.

A mediação de Nossa Senhora, bem como a dos anjos e santos, não é uma mediação substitutiva a de Jesus, mas, ao contrário, com base nela, por dentro dela. Sem a Mediação única e essencial de Cristo, homem e Deus, Sumo Pontífice (ponte) entre Deus e os homens, todas as outras mediações não teriam eficácia; portanto, a mediação de Maria não é uma mediação paralela a de Jesus, mas subordinada, cooperadora, por vontade de Deus. Jesus não quis salvar o mundo sozinho; Ele quis e quer a nossa ajuda e cooperação, tanto em termos de trabalho como de oração. E a pessoa que mais coopera com a redenção da humanidade é Sua Mãe.

O Concílio Vaticano II, na “Lumen Gentium”, explica-nos bem como é a mediação de Nossa Senhora diante de Deus. Vejamos:

“A maternidade de Maria na dispensação da graça perdura ininterruptamente a partir do consentimento que ela fielmente prestou na Anunciação, que sob a Cruz ela resolutamente manteve e manterá até a perpétua consumação de todos os eleitos. Assumida aos céus, não abandonou esta salvífica função, mas por sua multíplice intercessão continua a granjear-nos os dons da salvação eterna. Por seu maternal amor cuida dos irmãos do seu Filho que ainda peregrinam rodeados de perigos e dificuldades, até que sejam conduzidos à feliz pátria”.

“Por isto e Bem-aventurada Virgem Maria é invocada na igreja sob os títulos de Advogada, Auxiliadora, Protetora, Medianeira. Isto, porém, se entende de tal modo que nada derrogue, nada acrescente à dignidade e eficácia de Cristo, o único Mediador”.

“Com efeito; nenhuma criatura jamais pode ser colocada no mesmo plano com o Verbo Encarnado e Redentor. Mas, como o sacerdócio de Cristo é participado de vários modos seja pelos ministros, seja pelo povo fiel, e como a indivisa bondade de Deus é realmente difundida nas criaturas de maneiras diversas, assim também a única mediação do Redentor não exclui, mas suscita nas criaturas uma variegada cooperação, que participa de uma única fonte”.

“A Igreja não hesita em proclamar essa função subordinada de Maria. Pois sempre de novo experimenta e recomenda-se ao coração dos fiéis para que, encorajados por esta maternal proteção, mais intimamente dêem sua adesão ao Mediador e Salvador” (LG, nº 62).

O Papa Paulo VI em sua Exortação Apostólica Signum Magnum nº 1, escreveu:

“A Virgem continua agora no céu a exercer a sua função materna, cooperando para o nascimento e o desenvolvimento da vida divina em cada uma das almas dos homens redimidos. É esta uma verdade muito reconfortante, que, por livre disposição de Deus sapientíssimo, faz parte do mistério da salvação dos homens; por conseguinte, deve ser objeto da fé de todos os cristãos”.

O Papa João Paulo II assim se expressou:

“Os cristãos invocam Maria como “Auxiliadora”, reconhecendo-lhe o amor materno que vê as necessidades dos seus filhos e está pronto a intervir em ajuda deles, sobretudo quando está em jogo a salvação eterna. A convicção de que Maria está próxima de quantos sofrem ou se encontram em situações de grave perigo, sugeriu aos fiéis invocá-la como “Socorro”. A mesma confiante certeza é expressa pela mais antiga oração mariana, com as palavras: “sob a vossa proteção recorremos a vós, Santa Mãe de Deus: não desprezeis as súplicas de nós que estamos na prova, e livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita!” (Do Breviário Romano). Como Medianeira materna, Maria apresenta a Cristo os nossos desejos, as nossas súplicas e transmite-nos os dons divinos, intercedendo continuamente em nosso favor. (L’Osservatore Romano, ed. port. n.39, 27/09/1997, pag. 12(448)).

Disse ainda o Papa: “Como recordo na Encíclica Redemptoris mater, “a mediação de Maria está intimamente ligada à sua maternidade e possui um caráter especificamente maternal, que a distingue da mediação das outras criaturas” (n. 38). Deste ponto de vista, Ela é única no seu gênero e singularmente eficaz… o mesmo Concílio cuidou de responder, afirmando que Maria é “para nós a Mãe na ordem da graça” (LG, 61). Recordamos que a mediação de Maria se qualifica fundamentalmente pela sua maternidade divina. O reconhecimento do papel de Medianeira está, além disso, implícito na expressão “nossa Mãe”, que propõe a doutrina da mediação Mariana, pondo em evidência a maternidade. Por fim, o título “Mãe na ordem da graça” esclarece que a Virgem coopera com Cristo no renascimento espiritual da humanidade.

“O Concílio afirma, além disso, que “a função maternal de Maria em relação aos homens de modo algum ofusca ou diminui esta única mediação de Cristo; antes, manifesta a sua eficácia” (LG, 60).

“Longe, portanto, de ser um obstáculo ao exercício da única mediação de Cristo, Maria põe antes em evidência a sua fecundidade e a sua eficácia. “Com efeito, todo o influxo salvador da Virgem Santíssima sobre os homens se deve ao beneplácito divino e não a qualquer necessidade; deriva da abundância dos méritos de Cristo, funda-se na Sua mediação e dela depende inteiramente, haurindo aí toda a sua eficácia” (LG, 60).

“De Cristo deriva o valor da mediação de Maria e, portanto, o influxo salvador da Bem-aventurada Virgem “de modo nenhum impede a união imediata dos fiéis com Cristo, antes a favorece” (ibid.).

“Ao proclamar Cristo como único Mediador (cf. 1 Tm 2, 5-6), o texto da Carta de São Paulo a Timóteo exclui qualquer outra mediação paralela, mas não uma mediação subordinada. Com efeito, antes de ressaltar a única e exclusiva mediação de Cristo, o autor recomenda “que se façam súplicas, orações, petições e ações de graças por todos os homens…” (2,1). Não são porventura as orações uma forma de mediação? Antes, segundo São Paulo, a única mediação de Cristo é destinada a promover outras mediações dependentes e ministeriais. Proclamando a unicidade da mediação de Cristo, o Apóstolo só tende a excluir toda a mediação autônoma ou concorrente, mas não outras formas compatíveis com o valor infinito da obra do Salvador.

“Nesta vontade de suscitar participações na única mediação de Cristo, manifesta-se o amor gratuito de Deus que quer compartilhar aquilo que possui. Na verdade, o que é a mediação materna de Maria senão um dom do Pai à humanidade? Eis por que o Concílio conclui: “Esta função subordinada de Maria, não hesita a Igreja em proclamá-la; sente-a constantemente e inculca-a nos fiéis…” (ibid.).

“Maria desempenha a sua ação materna em contínua dependência da mediação de Cristo e d’Ele recebe tudo o que o seu coração desejar transmitir aos homens. Na sua peregrinação terrena, a Igreja experimenta “continuamente” a eficácia da ação da “Mãe na ordem da graça”. (L’Osservatore Romano, ed. port. n.40, 04/10/1997, pag. 12(460)).

Portanto, que fique bem entendido que a mediação de Maria não “coloca Jesus na sombra”, ao contrário, o engrandece.

Prof. Felipe Aquino

Roma sediará conferência internacional sobre Esporte e Espiritualidade

Igreja quer discutir como ajudar e também ser auxiliada pelo esporte / Foto: Gabin Vallet – Unsplash

Cerca de 200 participantes se reunirão em Roma entre os dias 16 e 18 de maio para uma conferência internacional intitulada ‘Colocando nossas vidas em jogo’

No âmbito dos Jogos Olímpicos de 2024 em Paris, a Embaixada de França junto da Santa Sé e o Dicastério para a Cultura do Vaticano organizam, de 16 a 18 de maio, uma conferência internacional sobre Esporte e Espiritualidade.

Intitulado “Colocando nossas vidas em jogo”, o evento reunirá cerca de 200 participantes atletas profissionais, paraolímpicos, amadores, representantes de entidades esportivas internacionais, dirigentes de clubes esportivos, estudantes universitários do esporte, pedagogia, sociologia, antropologia, filosofia, teologia e agentes da pastoral de esporte que refletirão sobre as implicações espirituais daquela que se tornou uma das atividades culturais mais praticadas e seguidas na sociedade contemporânea.

A dimensão espiritual do esporte

Com efeito, o desporto sempre teve uma ligação com a dimensão espiritual da vida, como sublinhou em diversas ocasiões também o Papa Francisco, observou o cardeal José Tolentino Mendonça, que abrirá a conferência no dia 16 de maio.

“Se olharmos para a história do esporte em paralelo com a história da Igreja, houve muitos momentos em que a prática esportiva foi uma inspiração e uma metáfora para a vida dos cristãos, ou o próprio Cristianismo enriqueceu a atividade esportiva com a sua visão humanista”, disse o Prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação em entrevista coletiva sobre o evento nesta segunda-feira, 6, que também contou com a presença de Madame Florence Mangin, Embaixadora da França junto a Santa Sé.

A Igreja e os esportes

Os participantes tentarão, portanto, compreender por que as atividades esportivas são tão populares atualmente, identificar os riscos, avaliar a sua relevância para a construção de uma sociedade mais fraterna, tolerante e justa e, assim, discernir como Deus se manifesta na competição desportiva.

O objetivo é encontrar uma resposta a duas questões fundamentais: “O que o esporte tem a dizer à Igreja?” e “O que a Igreja tem a dizer ao esporte?”. Assim foi o título escolhido para a conferência, disse o cardeal Mendonça.

Temas discutidos na conferência

O primeiro dia (16 de maio) abordará a relação entre “Igreja e Desporto”, por meio da partilha de testemunhos de atletas de alto nível e de algumas experiências pastorais concretas que colocam o esporte ao serviço do Evangelho e o Evangelho ao serviço do esporte.

O segundo dia (17 de maio) centrar-se-á na relação entre “Homem e Desporto”, por meio da reflexão de um grupo de oradores altamente qualificados de universidades italianas e francesas, que discutirão o esporte e seus aspectos pedagógicos, filosóficos, sociológicos e teológicos. .

Por fim, no terceiro dia (18 de maio), haverá uma dimensão mais prática, com um evento desportivo solidário (revezamento da fraternidade) para mostrar à sociedade civil a relevância social do próprio esporte.

Canção Nova

Paróquias da cidade de Canoas (RS) acolhem famílias desabrigadas

Paróquias da cidade de Canoas (RS) acolhem famílias desabrigadas

Paróquias da cidade de Canoas (RS) acolhem famílias desabrigadas

As paróquias locais uniram forças para oferecer ajuda humanitária às comunidades desabrigadas. Voluntários se mobilizaram para fornecer alimentos, água, roupas e abrigo emergencial às pessoas afetadas.

Na esteira da recente crise humanitária causada pelas chuvas no Rio Grande do Sul, várias famílias foram desalojadas na cidade de Canoas. Segundo informações do poder público local, mais de 15 mil pessoas que residem em Canoas já foram levadas para um dos mais de 55 abrigos abertos no município.

A água das chuvas avançou sobre 60% do município e a estimativa é de que mais de 180 mil pessoas tenham sido atingidas. Nos últimos dias, a Prefeitura contabilizou mais de 63,8 mil pedidos de resgate e ajuda, que vêm sendo feitos de forma ininterrupta.

Paróquias mobilizam ações humanitárias

As paróquias locais uniram forças para oferecer ajuda humanitária às comunidades desabrigadas. Voluntários se mobilizaram para fornecer alimentos, água, roupas e abrigo emergencial às pessoas afetadas. As igrejas abriram suas portas, transformando seus espaços em centros de acolhimento, onde os desabrigados puderam encontrar conforto e apoio.

Luciane Possebon, da paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Canoas, está na linha de frente de acolhida aos desabrigados e atua na Pascom da Paróquia. O acolhimento iniciou na sexta-feira (3), pela manhã, reunindo todos os paroquianos da comunidade.

“Recebemos em torno de 150 pessoas para serem acolhidas. Nós temos muitos voluntários e é muito bonito de ver que, em meio a tanta tristeza, tem muita gente querendo ajudar, com a presença voluntária de médicos e enfermeiros”, destacou Luciane.

Em meio às necessidades que são urgentes, Luciane informou que foi organizada uma linha de ações com pessoas colaborando em cada setor.

Ajuda humanitária

Ajuda humanitária

“Nós organizamos uma recepção, onde se faz uma triagem das pessoas que estão chegando, cadastrando seus dados em um computador. Após, as famílias são encaminhadas para a troca de roupa, pois muitos chegam molhados e com frio. Na sequência todos recebem alimentação e são atendidos por médicos e também têm acompanhamento psicológico. As pessoas chegam muito abaladas emocionalmente, pois muitos passaram cerca de dois dias nos telhados de suas casas e sem se alimentar. A primeira família que nós recebemos, de mais ou menos 10 pessoas, tinha um bebê em estado de quase hipotermia. As crianças, mesmo com todas essas tristezas, estão sempre com um sorriso no rosto, felizes e isso nos motiva a trabalhar ainda mais”, lembrou.

Os animais de estimação também estão sendo acolhidos na paróquia. “Nós também estamos acolhendo os pets das famílias, separados em salas por tamanhos pequeno, médio e grande e temos recebido doação de rações. Chegam muitas pessoas de outros estados inclusive realizando doações. E só agradecemos a Deus por presenciar a ajuda mútua de tantas pessoas. Ontem recebemos um relato de outras pessoas dizendo o quanto as paróquias estão organizadas nessa ajuda humanitária, e isso nos anima muito”, finalizou Luciane.

Necessidade de fornecimento de água

Segundo Pe. Diego Jobim Garcia, da Paróquia Santa Luzia, no Bairro Estância Velha em Canoas, a comunidade está abrigando em torno de 300 pessoas mais os animais de estimação. Todas as capelas, salões comunitários, salas e escolas estão acolhendo, sem contar as famílias que abriram suas portas para receber desabrigados.

“As fotos não conseguem ilustrar a totalidade de ações que a paróquia vem realizando. São doações de todos os tipos, roupas, comidas, materiais essenciais e acolhimento das crianças. Há necessidade maior de fornecimento de água, em grande quantidade, para que se possam oferecer alguns serviços, como um banho quente para quem sai das inundações, isso tem se tornado necessário. Da mesma forma, necessitamos de colchões, colchonetes, edredons e cobertores. Temos recebido muitas doações de alimentos e ainda se faz necessário doação de produtos de higiene e limpeza”, lembrou Pe. Diego.

Alimentação tem sido a prioridade da paróquia

A paróquia Nossa Senhora das Graças, em Canoas, está localizada em um dos pontos mais alto da cidade. Dois terços da cidade foi atingido pelas cheias, sendo os bairros mais necessitados da região. Segundo Pe. César Leandro Padilha, a paróquia está acolhendo famílias e sendo ponto de recebimento de doações de água, roupas e alimentos.

“Em nossa paróquia o principal trabalho está sendo fazer comida para poder alimentar as famílias que dependem desses alimentos. Neste domingo (5), somente na paróquia Nossa Senhora das Graças, foram 7 mil refeições entregues, e mais 4 mil sanduíches preparados. Hoje o nosso pátio está lotado de pessoas procurando acolhimento e alimentação”, destacou Pe. Leandro Padilha.

Saiba como ajudar

O Regional Sul 3 da CNBB organizou uma campanha para socorrer os diversos municípios. Quem desejar contribuir pode fazer um Pix para a CNBB Regional Sul 3: 33685686001041 (CNPJ).

Vatican News

Como Jesus viveu dos 12 aos 30 anos de idade?

O silêncio e as poucas informações sobre este período da vida do Senhor nos trazem muitos ensinamentos

Wikipedia

“Jesus respondeu-lhes: ‘Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo estar naquilo que é de meu Pai?’ Mas eles não compreenderam o que lhes dizia. Desceu com eles e foi para Nazaré, e lhes era submisso. Sua mãe conservava todas estas recordações em seu coração. Jesus ia crescendo em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens” (Lc 2, 49-52)

Como você leu neste trecho do fim do Evangelho de São Lucas, um dos maiores mistérios da nossa fé giram em torno da vida oculta de Jesus Cristo. O que ele realizou e viveu entre os 12 e 30 anos de idade? Assim como o ministério público do Senhor deixa para nós muitas lições, os poucos detalhes da Sua trajetória em Nazaré durante sua adolescência e juventude têm muito a nos ensinar.

O Redentor, antes de revelar Sua missão salvadora, viveu na pele as fases da vida como qualquer humano.

“Jesus nasceu na humildade de um estábulo, no seio de uma família pobre. As primeiras testemunhas deste acontecimento são simples pastores. E é nesta pobreza que se manifesta a glória do Céu”. (CIC 525)

Padre Carlinhos Melo, da Arquidiocese de Aparecida explica a razão para não encontrarmos muitas informações sobre este período da vida de Jesus.

“Esse silêncio durante esse período de formação humana de Jesus em primeiro lugar é por uma questão teológica, porque segundo biblistas, Jesus viveu sua adolescência e juventude como qualquer outro. Durante esse período teve que estudar, frequentar a sinagoga para receber a catequese, os ensinamentos vindos de seus pais. Ele conviveu com Sua família, trabalhou na carpintaria, aprendeu a ler e escrever.

A Bíblia enfoca mais o lado teológico de Jesus, ou seja, a sua missão salvadora e redentora e não tem o interesse de focar a biografia de Cristo com todos os detalhes, mas pontua momentos especiais que tem a ver com a missão de Jesus.

A Sagrada Escritura não é um livro de história somente! Apesar de ter dados históricos e nem uma biografia completa de Jesus, mas enfoca principalmente a sua missão e o que está ligada a ela. Então não se ocultou nada por algum motivo misterioso, mas sim por uma questão teológica. É importante frisar que nesse tempo, aos poucos Jesus foi tomando consciência da sua missão e da Sua pessoa”, disse.

Como era o cotidiano de Jesus nessa época?

Padre José de Jesus Aguilar, cônego da Catedral Primaz do México e vice-diretor de Rádio e Televisão da Arquidiocese do México indica que, seguindo os costumes judaicos, “Jesus Cristo todos os sábados se reunia com sua família para celebrar o Sabbat, que São José era o encarregado de lhe ensinar as leis judaicas, de levá-lo à sinagoga para que lá fizesse suas orações”.

O sacerdote também garante que na fase adolescente e jovem, Jesus ficou todo tempo em Nazaré.

“Quando o Evangelho menciona que as pessoas de seu povo se surpreendiam quando Cristo, aos 30 anos, começa a pregar incrivelmente, começa a fazer milagres incrivelmente, as pessoas questionam que este não é o filho de José, que cresceu todo o tempo conosco, não é filho do carpinteiro. Isso nos indica que Jesus nunca saiu de Nazaré”, continuou.

Ainda de acordo com o Catecismo da Igreja Católica, Jesus partilhou a condição da imensa maioria dos homens: vivendo os dias sem uma aparente grandeza, ajudando o pai adotivo em seus trabalhos manuais, a vida religiosa seguindo fielmente à Lei de Deus e também a obediência a Virgem Maria e a São José.

“A submissão de Jesus à sua Mãe e ao seu pai legal foi o cumprimento perfeito do quarto mandamento. É a imagem temporal da sua obediência filial ao Pai celeste. A submissão diária de Jesus a José e a Maria anunciava e antecipava a submissão de Quinta-Feira Santa: ‘Não se faça a minha vontade’ (Lc 22, 42). A obediência de Cristo, no cotidiano da vida oculta, inaugurava já a recuperação daquilo que a desobediência de Adão tinha destruído”. (CIC 532)

A perda e o reencontro de Jesus no templo (Lc 2, 41–52) é o único acontecimento que quebra o silêncio dos Evangelhos sobre os anos ocultos de Jesus. Nele, o Menino dá uma previsão do mistério da Sua consagração total à missão decorrente da sua filiação divina: “Não sabíeis que Eu tenho de estar na casa do meu Pai?”. Maria e José “não compreenderam” esta palavra, mas acolheram-na na fé, e Maria “guardava no coração todas estas recordações”, ao longo dos anos em que Jesus permaneceu oculto no silêncio de uma vida normal.

Esta discrição desta fase da vida do Senhor é um ato profético, pois nos ensina que em nosso cotidiano podemos ser formados por Deus e que assim, como os Santos e Santas da Igreja, a vida é uma grande faculdade que nos amadurecem na fé e também como seres humanos.

A12/Comunidade Shalom

Orações a são Domingos Sávio que Dom Bosco recomendou para pedir curas

Dom Bosco e são Domingos Sávio | Salesianos sdb.org

Hoje (6) a Igreja Católica celebra a festa de são Domingos Sávio, aluno de são João Bosco. Em muitas ocasiões, o fundador dos Salesianos recomendou rezar certas orações dedicadas ao santo adolescente para pedir cura.

No volume 6 das Memórias Biográficas de Dom Bosco (MB), um conjunto de 19 livros sobre a vida do santo, é narrada a história de Eduardo Donato, aluno do oratório. Ele tinha graves problemas nos olhos. Para que ele se recuperasse, foi enviado para sua cidade, mas nem mesmo com os cuidados dos melhores especialistas ele conseguiu se curar.

O sofrimento dele era tão grande que Eduardo vivia em um quarto escuro. No entanto, de vez em quando se encontrava com dom Bosco para conversar e ter um pouco de ânimo em meio a sua doença.

Uma noite, o menino ficou com seus companheiros e enquanto todos cantavam, ele ficou triste com o rosto entre as mãos. São João Bosco se aproximou dele e, dando-lhe um tapinha no ombro, disse:

“Será que não é possível te livrar deste mal? É preciso acabar com ele de uma vez. Vamos agarrar Domingos Sávio pelos cabelos e não vamos soltá-lo enquanto não obtivermos de Deus a tua cura”.

Eduardo olhou esperançoso para dom Bosco, mas ele não respondeu. Então o fundador da Família Salesiana lhe disse: “Reze todos os dias esta novena (era a noite do primeiro dia da novena da Imaculada Conceição) a Domingos Sávio para que ele interceda por você e para que esta graça chegue até você. Tente viver de tal maneira que você possa receber a Comunhão todas as manhãs. À noite, antes de dormir, dirás assim: “Domingos Sávio, rogai por mim” e acrescentarás uma Ave-Maria”.

Eduardo Donato prometeu seguir literalmente esta prática de fé e dom Bosco disse-lhe que também se lembraria dele na missa.

As MB dizem que Eduardo começou a sentir-se melhor a partir do primeiro dia da novena, e em mais alguns dias estava completamente curado. Donato não voltou a sofrer daquela estranha doença.

Dom Bosco recebia várias notícias de curas milagrosas que as pessoas obtinham por intercessão de Domingos Sávio. No volume 7 das MB, lê-se que o santo exortou os devotos de Domingos Sávio a fazerem uma novena especial, mas simples.

Consistia em rezar à noite “um Pai Nosso e uma Ave Maria em honra do Santíssimo Sacramento e uma Ave à Santíssima Virgem Maria, de quem Domingos Sávio era um grande devoto”. Dom Bosco pedia para confiar na bondade do Senhor.

ACI Digital /  Abel Camasca

Papa: o verdadeiro amigo não abandona, nem mesmo quando você comete um erro

Falando sobre amizade, o Pontífice enfatizou nas suas palavras antes de rezar neste domingo a oração do Regina Caeli com os fiéis reunidos na Praça São Pedro, que “a amizade não é o resultado de cálculos nem de coerção: ela surge espontaneamente quando reconhecemos no outro algo de nós”.

Regina Caeli – Papa Francisco (VATICAN MEDIA Divisione Foto)

“Um verdadeiro amigo não abandona, nem mesmo quando você comete um erro: ele o corrige, talvez até o repreenda, mas ele o perdoa e não o abandona”. Foi o que disse o Papa Francisco assomando à janela de seu escritório no Palácio Apostólico, Vaticano, para recitar o Regina Caeli com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.

“Hoje, o Evangelho nos fala de Jesus que diz aos Apóstolos: “não os chamo mais de servos, mas de amigos” – diz o Pontífice – ”O que significa isso? Na Bíblia, os servos de Deus são pessoas especiais, a quem ele confia missões importantes, por exemplo, Moisés, o rei Davi, o profeta Elias, até a Virgem Maria. Eles são pessoas em cujas mãos Deus coloca seus tesouros. Mas tudo isso não é suficiente, de acordo com Jesus, para dizer quem somos para Ele: é preciso mais, algo maior, que vai além dos bens e dos próprios projetos: é preciso amizade”.

“Desde criança, aprendemos como essa experiência é bela: aos amigos, oferecemos nossos brinquedos e os mais belos presentes – sublinha Papa Francisco – depois, quando crescemos, como adolescentes, confiamos a eles nossos primeiros segredos; como jovens, oferecemos lealdade; como adultos, compartilhamos satisfações e preocupações; como idosos, compartilhamos lembranças, considerações e silêncios de longos dias. A Palavra de Deus, no Livro de Provérbios, nos diz que “o perfume e o incenso alegram o coração e o conselho de um amigo adoça a alma”. Pensemos por um momento em nossos amigos e amigas e agradeçamos ao Senhor!”.

”A amizade não é o resultado de cálculos nem de coerção: ela surge espontaneamente quando reconhecemos no outro algo de nós. E, se é verdadeira, é tão forte que não falha nem mesmo diante de uma traição. O amigo ama em todo tempo”, afirma ainda o Livro dos Provérbios, como Jesus nos mostra quando diz a Judas, que o trai com um beijo: “Amigo, é por isso que você está aqui!
O Papa enfatiza novamente: “um verdadeiro amigo não abandona, nem mesmo quando você comete um erro: ele o corrige, talvez o repreenda, mas o perdoa e não abandona você”.

E hoje Jesus, no Evangelho, nos diz que, para Ele, somos precisamente isso, amigos: pessoas queridas para além de todo mérito e de toda expectativa, a quem Ele estende a mão e oferece seu amor, sua Graça, sua Palavra; com quem ele compartilha o que lhe é mais caro, tudo o que ouviu do Pai. Até o ponto de se tornar frágil por nós, de se colocar em nossas mãos, sem defesa e sem pretensões, porque ele nos ama, quer o nosso bem e nos quer partícipes do que é seu. E assim perguntemos a nós mesmos, disse o Papa: que rosto o Senhor tem para mim? O rosto de um amigo ou de um de um estranho? Eu me sinto amado por Ele como uma pessoa querida? E qual é o rosto de Jesus que eu testemunho aos outros, especialmente àqueles que cometem erros e precisam de perdão?

E Francisco conclui: “que Maria nos ajude a crescer na amizade com seu Filho e a espalhá-la ao nosso redor”.

 Vatican News – Silvonei José

Maio: Mês dedicado a Maria

virgemm1Todos sabemos, que a nossa Igreja dedica o mês de maio à Nossa Senhora e às devoções marianas. É um tempo especial, de graças, para nós que a temos como nossa advogada e intercessora fiel diante de Deus.

O Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 971, a respeito da devoção à Maria Santíssima afirma:

“Todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc 1,48): “A piedade da Igreja para com a Santíssima Virgem é intrínseca ao culto cristão”. A Santíssima Virgem “é legitimamente honrada com um culto especial pela Igreja. Com efeito, desde remotíssimos tempos, a bem-aventurada Virgem é venerada sob o título de ‘Mãe de Deus’, sob cuja proteção os fiéis se refugiam suplicantes em todos os seus perigos e necessidades (…) Este culto (…) embora inteiramente singular, difere essencialmente do culto de adoração que se presta ao Verbo encanado e igualmente ao Pai e ao Espírito Santo, mas o favorece poderosamente”; este culto encontra sua expressão nas festas litúrgicas dedicadas à Mãe de Deus e na oração mariana, tal como o Santo Rosário, “resumo de todo o Evangelho”.

Por isso, também vários Papas na história da Igreja enfatizaram a importância de se rezar os rosário. Veja o que os Papas mais recentes disseram acerca desta oração:

“O Rosário é […] uma oração profundamente cristológica. Na sobriedade das suas partes, o Rosário consolida-se da profundida da Boa Nova, da qual ele é quase um resumo. […] Com o Rosário, o povo cristão anda na Escola de Maria para se deixar guiar, contemplando a beleza do rosto de Cristo e experienciando a profundidade do Seu amor. Ao contemplar os mistérios do Rosário, o crente obtém a graça em plenitude como se recebesse das próprias mãos da Mãe do Redentor” São João Paulo II.

“Esta oração tem assumido um papel importante na minha vida espiritual desde a minha infância e juventude. A oração do Rosário tem me acompanhado nos momentos de alegria e de provação. Muitas preocupações entreguei nesta oração e, por meio dela, sempre experienciei fortalecimento e consolação” São João Paulo II.

“Se não sabeis como rezar, pedi-Lhe para vos ensinar e pedi à Mãe do Céu para rezar convosco e por vós. A oração do Rosário pode ajudar-vos a aprender a arte de rezar com a simplicidade e profundidade de Maria” Papa Bento XVI.

Da mesma forma, o Papa Francisco também nos convida a oração do Rosário, especialmente neste mês:

“E neste mês de maio, eu gostaria de lembrar a importância e a beleza da oração do Santo Terço. Recitando a Ave-Maria, somos levados a contemplar os mistérios de Jesus, refletir sobre os principais momentos de Sua vida, para que, como foi com Maria e São José, Ele seja o centro dos nossos pensamentos, da nossa atenção e de nossas ações.

Seria bom que, especialmente neste mês de maio, rezássemos juntos, em família, com os amigos, na paróquia, o Santo Terço ou alguma oração a Jesus e à Virgem Maria. A oração feita em comunidade é um momento precioso para tornar ainda mais forte a vida familiar, a amizade! Aprendamos a rezar mais em família e como família!” Papa Francisco.

As Quinze Promessas da Virgem Maria aos que rezarem o Rosário

Há tempos o site ACI Digital, publicou as 15 promessas que a Virgem Maria fez àqueles que rezarem o Rosário. Achamos interessante reproduzir nesta ocasião:

1. Aqueles que rezarem com enorme fé o Rosário receberão graças especiais.

2. Prometo minha proteção e as maiores graças aos que rezarem o Rosário.

3. O Rosário é uma arma poderosa para não ir ao inferno: destrói os vícios, diminui os pecados e nos defende das heresias.

4. Receberá a virtude e as boas obras abundarão, receberá a piedade de Deus para as almas, resgatará os corações das pessoas de seu amor terreno e vaidades, e os elevará em seu desejo pelas coisas eternas. As almas se santificarão por meio do Rosário.

5. A alma que se encomendar a mim no Rosário não perecerá.

6. Quem rezar o Rosário devotamente, e tiver os mistérios como testemunho de vida, não conhecerá a desgraça. Deus não o castigará em sua justiça, não terá uma morte violenta, e se for justo, permanecerá na graça de Deus, e terá a recompensa da vida eterna.

7. Aquele que for verdadeiro devoto do Rosário não perecerá sem os Sagrados Sacramentos.

8. Aqueles que rezarem com muita fé o Santo Rosário em vida e na hora de sua morte encontrarão a luz de Deus e a plenitude de sua graça, na hora da morte participarão do paraíso pelos méritos dos Santos.

9. Livrarei do purgatório àqueles que rezarem o Rosário devotamente.

10. As crianças devotas ao Rosário merecerão um alto grau de Glória no céu.

11. Obterão tudo o que me pedirem mediante o Rosário.

12. Aqueles que propagarem meu Rosário serão assistidos por mim em suas necessidades.

13. Meu filho concedeu-me que todos aqueles que se encomendar a mim ao rezar o Rosário terá como intercessores toda a corte celestial em vida e na hora da morte.

14. São meus filhinhos aqueles que recitam o Rosário, e irmãos e irmãs de meu único filho, Jesus Cristo.

15. A devoção a meu Rosário é um grande sinal de profecia.

Prof. Felipe Aquino